Movimento militar de Washington mira cartéis classificados como “terroristas”, mas acirra tensões diplomáticas e revive paradigma da Doutrina Monroe

O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ordenou o envio de mais de 4 mil militares, entre fuzileiros navais e tripulações navais, para águas da América Latina e Caribe, em uma operação militar ostensiva contra cartéis de drogas, classificados como organizações terroristas estrangeiras.

A mobilização inclui:

  • o Grupo Anfíbio Iwo Jima e a 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais;
  • um submarino de ataque nuclear, aviões de reconhecimento P8 Poseidon, destróieres e um cruzador de mísseis guiados sob coordenação do Comando Sul dos EUA.

Apesar de vendida como “mensagem de força” e medida de segurança nacional contra narcoterrorismo, a ação tem potencial de abrir espaço para operações militares unilaterais contra países latino‑americanos — ainda que não haja definição legal de invasão nem autorização do Congresso americano.


Contexto Diplomático e Geopolítico

  • A designação de cartéis como organizações terroristas estrangeiras elevou o discurso de guerra contra drogas ao nível de segurança nacional, permitindo arsenal militar pesado como parte da estratégia.
  • A postura de Trump reativa a Doutrina Monroe, reforçando o discurso de “intervenção necessária” sobre nossos territórios. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, já declarou que não permitirá presença militar americana no país, ressaltando respeito à soberania nacional.
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13 comentários sobre “Trump envia 4 mil militares à América Latina em operação contra cartéis e acelera ofensiva autoritária

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