EUA podem até impor novas sanções ao Brasil —Mas não é por Eduardo Bolsonaro; alvo real é o BRICS
Deputado "alerta" sobre novas sanções, mas o verdadeiro risco vem da ofensiva de Trump contra blocos de cooperação global, como o BRICS

Atualização
Em entrevista à Reuters, o deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (14 de agosto de 2025) que os EUA podem anunciar novas sanções ou tarifas contra o Brasil, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) não recue em sua postura institucional, especialmente em relação ao caso do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Contexto ampliado
Mas, ao contrário do que algumas narrativas sugerem, essas sanções não visam diretamente Eduardo Bolsonaro ou suas articulações pessoais. Trata-se de um movimento estratégico mais amplo, alinhado à política externa do governo Trump, que vem mirando os países do BRICS com medidas punitivas.
- Tarifas pontuais contra o BRICS: Em julho, Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre importações vindas de países do BRICS como retaliação ao movimento de “desdolarização” e aos sinais de solidariedade geopolítica entre esses países. Essa medida reforça a tentativa de sabotar blocos de cooperação econômica e hemisférica.
- Sanção política ampla: O alvo real não é Eduardo Bolsonaro, mas governos que desafiam a hegemonia americana e buscam autonomia, como o consolidação do BRICS. A escalada tarifária — incluindo os 40–50% já aplicados — segue uma lógica política de desestabilização, não apenas econômica.
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