Redação

Nesta quinta-feira, 14 de agosto de 2025, a Polícia Federal (PF) avalia oficialmente incluir o pastor Silas Malafaia no inquérito que apura suposta obstrução de justiça envolvendo a tentativa de golpe de Estado, investigada dentro da Operação Contragolpe. Essa operação mira um grupo de militares e agentes públicos suspeitos de arquitetar ações violentas para impedir a posse de Lula e Geraldo Alckmin, incluindo sequestros e assassinatos de autoridades como o próprio presidente e ministros do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com registros nas redes sociais — como o perfil do G1 no X (antigo Twitter) —, a PF já tem entre suas considerações a possível participação de Malafaia no processo de obstrução, sem, no entanto, confirmar sua formalização como investigado X (formerly Twitter).

Malafaia, notório por sua atuação política e pela retórica inflamada contra o Supremo Tribunal Federal, vem sendo alvo da atenção da PF desde os Atos Antidemocráticos de 8 de janeiro, nos quais teria alimentado, com discurso agressivo e mobilização, a violação das instituições democráticas. Investigadores suspeitam até que se a postura dele fosse ainda mais radical, poderia já estar na condição de preso

Contexto Relevante

• Operação Contragolpe: deflagrada em novembro de 2024 com autorização do STF, a investigação envolve dezenas de indiciados que planejavam golpe de Estado, com atos como atentados e disseminação de desinformação institucional
• Silas Malafaia: líder evangélico com influência política expressiva, já foi conduzido coercitivamente pela PF por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em 2016–2017

A movimentação da PF sobre Malafaia não é surpresa — é consequência da escalada autoritária que ele ajudou a encorajar. Seus discursos inflamados contra o STF e o Estado Democrático de Direito não são meras retóricas; são tentativas diretas de cercear a democracia.

Chamar STF de “covardes” e atacar generais desconhecendo hierarquias civis é só o prelúdio de um enredo mais sombrio, onde líderes religiosos superam sua vocação espiritual em nome de um projeto vassalocrata, anti-democrático e antiliberais.