Deputado vassalocrata avalia “remédio amargo” como instrumento de guerra institucional e, se escolhido pelo pai, toparia levar adiante a “missão” em 2026

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente em Washington, provocou um terremoto político nesta quinta-feira, 14 de agosto de 2025. Em entrevista à agência Reuters, disse que aceitaria disputar a Presidência em 2026 se essa fosse uma “missão” delegada pelo pai, Jair Bolsonaro, hoje inelegível até 2030.

Mas a real bomba vem logo depois: Eduardo voltou a defender as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros — como carne, café, peixe e calçados. Considerou a medida um “remédio amargo”, justificável como forma de conter uma ofensiva judicial que, segundo ele, mira a instância máxima da política bolsonarista.

Para o parlamentar, o Brasil não pode esperar negociar redução de tarifas se o Supremo Tribunal Federal (STF) não fizer concessões. Em sua visão, os ministros precisam perceber que “perderam o poder”.

Ele não parou por aí. Eduardo Bolsonaro espera que os EUA reforcem as sanções, atingindo agora o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ex-presidenta Dilma Rousseff — por sua participação no programa Mais Médicos. Também sugeriu que a esposa do ministro Alexandre de Moraes, advogada de destaque, seja alvo desses mesmos mecanismos punitivos.

A postura endurecida confirma sua aposta de que o agronegócio, principal base bolsonarista, aceitaria perdas financeiras em troca de “restabelecer a normalidade institucional” do país.

Enquanto isso, no Brasil, o presidente Lula reagiu rotundamente, chamando as exigências de Trump de “afronta à soberania”, e taxando os Bolsonaros de “traidores” por sugerirem intervenção direta dos EUA.

Eduardo também deixou claro que está residindo nos EUA desde março, com autorização para permanecer “por um bom tempo”, e não descartou solicitar asilo ou cidadania americana, caso seja necessário.

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12 comentários sobre “Eduardo Bolsonaro diz que aceitaria missão de ser presidente após defender tarifas nos EUA

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