Ministros do STF enfrentam a pressão dos EUA e prometem não recuar
Trump acelera ataque institucional—mas a Corte segue firme, sinalizando que não se curvará aos interesses da extrema-direita americana.

Brasília, 14 de agosto de 2025 — Em um momento crítico da democracia brasileira, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) garantem que não irão ceder às crescentes pressões do governo Trump, mesmo diante das investidas externas que pretendem afetar a independência da Justiça. Apesar do mais recente pacote de sanções, relatado como apenas o começo de uma escalada, o tribunal reafirma sua posição inabalável de defesa da soberania institucional.
Segundo um magistrado ouvido pelo blog Valdo Cruz no g1, “ainda vai piorar muito”. A pressão ocorre justamente quando o julgamento da ação penal envolvendo o golpe de 8 de janeiro se aproxima de sua reta final: o relator, ministro Alexandre de Moraes, deverá encaminhar o caso à pauta da Primeira Turma em breve.
Um assessor da Corte ressaltou a jogada direta dos EUA: “Não vamos mudar uma linha do previsto só porque o Trump quer salvar o [Jair] Bolsonaro.” A mensagem é clara: o STF manterá seu calendário e a independência do Judiciário, sem se curvar a chantagens internacionais.
A ofensiva norte-americana ganhou corpo nesta quarta-feira (13), quando o secretário de Estado Marco Rubio anunciou o cancelamento de vistos de autoridades brasileiras — como Mozart Júlio Tabosa Sales, do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-servidor público. Ao todo, oito ministros da Corte já tiveram vistos revogados pelos EUA.
No campo político, aliados do presidente Lula entendem que os ataques de Trump têm motivação clara: blindar Bolsonaro. Para reforçar a reação interna, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), apresentou nesta semana mais um pedido de cassação do mandato do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — sob o argumento de abandono de função parlamentar.
13 comentários sobre “Ministros do STF enfrentam a pressão dos EUA e prometem não recuar”