Deputado do PT propõe moção de repúdio a Moraes por prisão domiciliar de Bolsonaro — exigia preventiva
Em gesto simbólico e jurídico, parlamentar denuncia que Alexandre de Moraes ignorou poder coercitivo previsto no Código de Processo Penal e liberou Bolsonaro por "privilégio político".

O deputado federal Welter (PT-PR) protagonizou um momento de firme oposição institucional ao propor uma moção de repúdio ao ministro Alexandre de Moraes (STF) por decidir pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, em vez da prisão preventiva, mesmo sendo legalmente possível. Durante sessão na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, ele questionou: “Se eu apresentar uma moção de repúdio ao Alexandre de Moraes por ter optado pela prisão domiciliar do Bolsonaro, que poderia ter sido preventivamente preso, o senhor pautaria?”, provocou, em crítica direta à indulgência judicial em caso suspeito de golpe de estado. Welter não poupou ironia ao afirmar que o Legislativo virou “circo” com pautas governistas permanecendo engavetadas enquanto outras se tornam espetáculo.
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada em 4 de agosto de 2025, após ele desrespeitar medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de redes sociais e de contato com autoridades estrangeiras. Moraes sinalizou que a preventiva seria aplicada em caso de novo descumprimento — mas, por ora, optou pela domiciliar.
O gesto do deputado Welter tem grande peso político: em meio à ofensiva bolsonarista por dentro do Congresso, ele expôs como a corte teve margem legal para adotar medida mais severa, e questiona se houve tolerância política em nome de não inflamar ainda mais o conflito institucional.
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