Deputados vassalocratas colam rótulo de censura em proposta que combate a adultização infantil nas redes, enquanto a proteção de meninas e meninos precisa avançar sem vacilar.

Um projeto de lei progressista — aprovado no Senado e apresentado na Câmara pelo presidente Hugo Motta (Republicanos‑PB) — propõe medidas concretas para proteger crianças e adolescentes da “adultização” nas redes sociais. O texto prevê remoção imediata de conteúdo abusivo, controle de idade para acesso à pornografia, proibição de caixas de recompensa em jogos e restrição de publicidade voltada a menores.

Mas o que deveria ser prioridade projeto de proteção virou alvo de retórica reacionária. Deputados como Marcel van Hattem (Novo‑RS) e Sóstenes Cavalcante (PL) se apressaram em classificar a iniciativa como “censura”, e ameaçam usar essa desculpa como instrumento de obstrução parlamentar.

A contaminação ideológica reproduz o velho truque político: rotular projeto de direitos como ameaça à liberdade de expressão para obstruir cuidados básicos que não pedem interpretação. Defender a infância não é censurar — é garantir que meninos e meninas cresçam sem exploração, com dignidade e respeito.

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12 comentários sobre “Bolsonaristas acusam projeto de proteção infantil de “censura” — mas a urgência segue intacta

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