Vídeo de Felca sobre sexualização infantil vira pauta central no Congresso e pressiona plataformas
Após o vídeo viral, Hugo Motta promete pautar projetos ainda esta semana; “Lei Felca” entra no radar e cresce a cobrança por responsabilização das big techs e proteção efetiva da infância.

O vídeo de Felca sobre sexualização infantil explodiu como um raio. Em menos de uma semana, milhões assistiram ao relato cru do youtuber sobre a exploração de crianças nas redes e o papel dos algoritmos na promoção desse conteúdo. O impacto foi imediato: o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que vai pautar o tema nesta semana, abrindo a porta para um pacote legislativo que endurece regras e pune quem lucra com a adultização da infância.
No centro do debate, o vídeo de Felca sobre sexualização infantil detalha casos em que responsáveis e produtores de conteúdo expõem crianças a situações de erotização para buscar engajamento, enquanto as plataformas falham em barrar e desmonetizar esse material. A denúncia também popularizou o termo “algoritmo P” — a engrenagem de recomendação que empurra esses conteúdos e alimenta redes de predadores. Especialistas reforçam: a adultização “rouba etapas essenciais da infância” e exige fiscalização ativa das plataformas e do poder público.
A pressão política já se traduziu em números. Só nesta segunda (11), 17 projetos foram protocolados na Câmara para atacar a adultização e proteger crianças e adolescentes no ambiente digital. Entre as propostas, a chamada “Lei Felca” (PL 3852/2025), que criminaliza práticas de exploração infantil na internet e impõe deveres explícitos às plataformas. É o mínimo: responsabilização, transparência algorítmica e resposta rápida a denúncias — sem espaço para monetização do abuso.
Casos citados no vídeo — como o do influenciador Hytalo Santos — já estavam na mira do Ministério Público. A repercussão acelerou suspensões de contas e novas apurações. É prova de que quando a sociedade enxerga o problema, o sistema se move. Mas não basta depender do clamor público: precisamos de normas duras, fiscalização constante e punição exemplar de quem expõe e de quem lucra.
Não há neutralidade aqui. Proteger a infância é tarefa de Estado, de famílias e — principalmente — das big techs que lucram com cada clique. O Brasil tem a chance de virar a mesa: regulamentar algoritmos, proibir monetização de conteúdo que adultiza crianças, garantir remoção célere e criar canais ativos de denúncia com responsabilização civil e criminal. A hora é agora.
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