Lindbergh aciona PGR e enquadra motim na Câmara: “foi o 8 de janeiro dos engravatados”
Líder do PT pede investigação por abolição violenta do Estado Democrático de Direito contra deputados que tomaram a Mesa e paralisaram a Câmara por mais de 30 horas. Corregedoria já analisa afastamento de 14 nomes.

Não foi “protesto”. Foi sequestro do plenário. Lindbergh Farias acionou a PGR para responsabilizar os deputados vassalocratas que ocuparam a Mesa Diretora, bloquearam acessos e travaram a Câmara por mais de 30 horas — tudo para chantagear o país com pauta de anistia e ataque ao STF. Na representação, o líder do PT pede abertura de inquérito por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, a identificação de todos os envolvidos, coleta de imagens internas, oitivas de servidores e medidas cautelares para preservar provas. “Foi o 8 de janeiro dos engravatados”, resumiu.
Os fatos são claros: a tomada ocorreu nos dias 5 e 6 de agosto, em reação à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Houve bloqueio físico da Mesa, impedimento de sessões e pressão para pautar concessões à velha agenda de impunidade. A ação não tinha nada de regimental: foi tentativa de paralisar um Poder da República para produzir desordem e lucro político.
A resposta institucional avança. O presidente da Câmara, Hugo Motta, já remeteu à Corregedoria pedidos de afastamento de 14 deputados envolvidos. O rito pode levar os casos ao Conselho de Ética, com suspensão de mandato e corte de privilégios. É o mínimo diante de quem transformou o plenário em palanque de sabotagem.
Não há neutralidade possível: ou o Brasil protege a democracia — STF firme, Congresso funcionando — ou cede ao caos fabricado. A representação de Lindbergh aciona a lei, desmascara a chantagem e aponta o caminho: punir exemplarmente os responsáveis para que nunca mais a Mesa da Câmara vire trincheira de golpismo bem-vestido.
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