STF chama de “aberração” blindagem a parlamentares em pacote da impunidade
Ministros do Supremo classificam como “aberração” a proposta na Câmara que amplia a blindagem a deputados e senadores; texto em debate condiciona abertura de inquéritos e ações penais ao aval do Congresso e restringe medidas judiciais.

STF chama de aberração blindagem a parlamentares — e com razão. O “pacote da impunidade” voltou com força após o motim de vassalocratas no plenário. A ideia é simples e absurda: transformar o Congresso em escudo para criminosos de colarinho branco, travando investigações e enfraquecendo o combate à corrupção. Ministros do Supremo já deram o recado: a proposta afronta a Constituição e sabota o Estado de Direito.
O texto em discussão prevê que inquéritos e ações penais contra deputados e senadores só avancem com autorização da Câmara ou do Senado — um vale-tudo para intimidar a Justiça e blindar aliados. Em paralelo, projetos correlatos tentam proibir afastamento cautelar de parlamentares e submeter cumprimento de medidas judiciais dentro do Congresso ao crivo do próprio Legislativo. É a velha manobra da impunidade vestida de “prerrogativa”.
Nada disso cai do céu. A cúpula da Câmara, presidida por Hugo Motta, conduz a pauta sob pressão dos mesmos grupos que atacaram o STF e tentam salvar Jair Bolsonaro do que realmente importa: resposta firme às tentativas de golpe. O Brasil não aceitará retrocesso. Quem deve, paga — sem salvo-conduto corporativo.
Blindagem de parlamentares não é reforma, é retrocesso. É licença para delinquir. E é também um recado perigoso ao país: querem trocar democracia por autoproteção de castas. O STF segue sólido; a sociedade precisa fechar fileiras para enterrar de vez esse pacote da impunidade.
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