Em evento jurídico em São Paulo, ministro do STF afirma que a Carta de 88 cortou o caminho dos aventureiros e lembra: o Parlamento, sozinho, nunca conteve o “populismo armado”; por isso o Judiciário autônomo é peça-chave da democracia.

Alexandre de Moraes foi direto: a Constituição de 1988 deu basta ao golpismo. Em discurso nesta segunda-feira (11), o ministro cravou que a Carta encerrou a “intromissão de forças, oficiais ou paraoficiais, na política”, e consolidou um Judiciário independente, blindado de pressões. Não é teoria: é o antídoto institucional contra aventureiros.

O recado também mirou o outro poder. “O problema é que o Poder Legislativo sozinho jamais conseguiu deter o golpismo”, disse Moraes, ao apontar que, diante do “populismo armado” do Executivo, o equilíbrio democrático exige um STF forte — imparcial e autônomo — para fazer valer a lei.

Moraes ainda relembrou as tentativas de ruptura recentes e a necessidade de instituições atentas às raízes do discurso antidemocrático. Ou seja: não basta apagar incêndio; é preciso cortar o oxigênio da desinformação e da violência política. A Constituição de 1988 deu basta ao golpismo, e cabe às instituições — juntas — garantir que esse “basta” siga valendo.

O tom firme desmonta a choradeira vassalocrata e reforça o óbvio: não há “perseguição”, há Constituição. Quem tentou sabotar as regras do jogo esbarrou no texto de 88 e na ação de um Judiciário que cumpre o seu papel — frear ataques, proteger direitos e sustentar a democracia. É isso que assusta quem vive de golpe.

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13 comentários sobre “Constituição de 1988 deu basta ao golpismo, diz Moraes — e o Legislativo sozinho não segura a onda

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