TCU recomenda investigar gastos de Eduardo Bolsonaro após apontar indícios de irregularidades na estadia do deputado nos Estados Unidos; quatro faltas sem desconto e suspeita de uso de verba pública entram na mira.

O Tribunal de Contas da União determinou que a Câmara dos Deputados abra apuração formal sobre os gastos de Eduardo Bolsonaro durante a estadia nos Estados Unidos. É o básico: quem usa dinheiro público precisa explicar cada centavo. A Corte identificou indícios suficientes de irregularidades e quer as conclusões de volta à sua mesa. TCU recomenda investigar gastos de Eduardo Bolsonaro — e agora a bola está com o Congresso.

O caso nasceu de representação do deputado Guilherme Boulos (PSOL). O acórdão do TCU confirma o conteúdo e encaminha a apuração à Mesa Diretora e à Unidade de Controle Interno da Câmara, mantendo o foco nos aspectos administrativos e financeiros. Penal? Fora do escopo do TCU — e com razão: cada Poder no seu quadrado.

Há fatos objetivos. O TCU registrou quatro ausências não justificadas de Eduardo a sessões deliberativas, no período da viagem, sem desconto correspondente na remuneração. A área técnica apontou ainda materialidade individual de R$ 8.180,19, abaixo do gatilho de R$ 120 mil para investigação direta pelo TCU — por isso a cobrança de apuração interna na Câmara.

A decisão também remete informações ao Ministério Público Federal e solicita que a Câmara comunique o Tribunal sobre as providências adotadas ao fim da investigação. Transparência e rastro documental: sem brecha para desculpas.

O contexto político pesa. A permanência de Eduardo nos EUA já é alvo de inquérito no STF sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. E, em depoimento à Polícia Federal, Jair Bolsonaro afirmou ter enviado R$ 2 milhões ao filho para se manter no exterior — dado que só reforça a necessidade de rastrear fontes e usos de recursos. TCU recomenda investigar gastos de Eduardo Bolsonaro e o sistema de freios e contrapesos faz seu trabalho.

Quem grita “perseguição” tenta distrair. O que está em jogo é simples: prestação de contas. O bloco vassalocrata pode tentar blindagem, mas a cobrança agora é institucional. Cabe à Câmara agir com rapidez, publicar os documentos e mostrar ao país que mandato não é salvo-conduto.

Compartilhe:

13 comentários sobre “TCU manda recado: Câmara deve investigar gastos de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.