Motim na Câmara: bolsonaristas armados tentam intimidar Motta — e fracassam
Ao menos dois vassalocratas chegaram armados na Câmara durante a volta de Hugo Motta. Polícia Legislativa foi acionada; Mesa avalia punições e partidos já pedem suspensão de mandatos.

O motim vassalocrata no Congresso escancarou o método miliciano: bolsonaristas armados na Câmara tentaram cercar a chegada do presidente da Casa, Hugo Motta. Pelo menos dois estavam armados, segundo relato apurado pela Fórum. Não intimidaram ninguém. O Estado funcionou.
Motta bateu o martelo: retomou os trabalhos, colocou a Câmara nos trilhos e acionou a Polícia Legislativa para conter o tumulto provocado pela turba golpista. Foi empurra-empurra, gritaria e zero resultado político. A sessão terminou sob controle institucional. Bolsonaristas armados na Câmara não mudaram o rito, não travaram a pauta, não ditaram regra.
Depois da cena patética, veio a cobrança. A Mesa Diretora anunciou que vai avaliar representações contra os responsáveis pelos excessos. Motta classificou o episódio como grave e avisou que há punições em estudo. É o mínimo diante de quem decidiu transformar o plenário em ringue.
A pressão por responsabilização cresceu. Bancadas protocolaram pedidos para suspender por seis meses os envolvidos no motim — argumento simples: uso de força física dentro do Parlamento é precedente inaceitável no Estado de Direito. A resposta a vassalocratas que testam limites precisa ser exemplar.
O saldo político é cristalino. A tentativa de “tomar” a Mesa virou fiasco televisivo. A base democrática isolou a baderna, o comando da Casa reagiu, e a narrativa de caos murchou. Ficam as imagens, as armas e os nomes — agora à disposição do regimento e, se necessário, do Código Penal. O Brasil já aprendeu: golpe se para com lei, não com selfie.