Senador Ciro Nogueira declara que o Congresso não tem votos nem intenção política para afastar o ministro Alexandre de Moraes

O senador Ciro Nogueira (PP–PI), um dos principais aliados do bolsonarismo, declarou com clareza que o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes é uma causa inviável no Congresso Nacional. Para ele, a iniciativa é “impossível”, pois nem ao menos os 54 votos necessários existem no Senado, e, por falta de viabilidade política, não será sequer assinada.

Nogueira sublinhou que, apesar de existirem cerca de 38 a 39 senadores favoráveis, isso ainda não representa maioria suficiente para aprovar um afastamento de Moraes do STF — e que o trâmite sequer será formalizado. Ele também alertou que, mesmo com 80 assinaturas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pode simplesmente decidir não pautar o processo.

O senador ressaltou que já atuou em casos de impeachment no passado — como contra Dilma Rousseff — mas que esse contexto atual difere porque não existe base legítima nem respaldo político para derrubar um ministro do STF. Qualquer tentativa hoje seria “perda de tempo”, avaliou.

Por que isso importa?

  • A declaração de um aliado direto de Bolsonaro desmonta a narrativa de que o processo seria inevitável ou iminente;
  • Demonstra que a oposição está isolada e sem força institucional para avançar com pautas anti-STF;
  • Destaca o papel decisivo de Alcolumbre, cuja postura prática e institucional bloqueia qualquer avanço de impeachment contra Moraes.

O ambiente político se revela estrategicamente contido: apesar da retórica confrontacional em ato público, o Congresso de fato não embarca na linha golpista — principalmente porque não há aval nem voto formal. A confirmação veio do próprio centro político: impeachment de Moraes é impossível e improvável.

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