Redação

A oposição no Congresso Nacional promove uma ocupação total dos plenários da Câmara e do Senado para pressionar pela aprovação de anistia ampla aos presos pelo atentado de 8 de janeiro de 2023, e ao mesmo tempo demandar a abertura de processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.

Parlamentares contrários ao governo Lula ocupam fisicamente as galerias das duas casas e se recusam a permitir a aprovação de outras pautas, argumentando que a anistia é prioridade absoluta. Se o movimento continuar, prometem barrar a tramitação de projetos até que os presidentes das Casas pautem formalmente o tema.

Em resposta, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT‑AP), criticou a ação como equivalente a um novo 8 de janeiro. Segundo ele, impedir o “pleno funcionamento do Congresso” é conduzir uma estratégia golpista e comprometer a institucionalidade. Rodrigues pediu respeito, civilidade e diálogo no parlamento, afirmando que obstruções políticas nunca servirão de base para a negociação democrática.

A mobilização ocorre num momento de forte tensão institucional: crescem no Congresso propostas de revisão da Lei de Anistia e de abertura de processos contra ministros do STF. A oposição vê o ato de 8 de janeiro como perseguição política, enquanto aliados do governo encaram a manobra como tentativas de subverter a ordem democrática.