Silas Malafaia acusa sucessores de Bolsonaro de “medo do STF” e afirma que o ex-presidente é “insubstituível”
Em ato na Avenida Paulista (SP), o pastor bolsonarista lamentou o ausente apoio de políticos cotados para 2026 e pediu presença “coração alado” da militância

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e organizador do ato em apoio a Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (3/8), na Avenida Paulista, foi direto no recado aos principais nomes da direita cotados para disputar em 2026: “Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Onde eles estão? Era para estar aqui, minha gente!”
Segundo Malafaia, a ausência de governadores e presidenciáveis (como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado) foi resultado de “medo do STF”. Em tom duro, repetiu o mantra da base: “Vão enganar trouxa! E eu não sou trouxa… por isso, minha gente, que 2026 é Bolsonaro.” Para ele, o episódio prova que o capitão é “insubstituível”.
A mobilização foi dedicada a exigir “Justiça já” e reinstalar o discurso da anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Embora o evento tenha reunido apoiadores, observadores relataram público mais esparso que em atos anteriores na Paulista. Malafaia tentou minimizar: “Estamos aqui para marcar posição. É menos importante o número do que eu vou dizer aqui.”
O apoio institucionalizado incluiu a presença — sem fala — do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que justificou a ausência por procedimento médico; outros cotados sequer comentaram sua ausência nas redes. Malafaia fez questão de destacar que a retirada foi premeditada e simbólica: “arrumaram desculpa”.
O ato ocorre num contexto de tensão judicial. Bolsonaro não pôde comparecer em razão de medidas cautelares do STF (como tornozeleira eletrônica e proibição de sair nos fins de semana), em meio ao avanço das investigações sobre tentativa de golpe eleitoral.
Ainda na Avenida Paulista, Malafaia reacendeu o discurso de confrontação com o Supremo, classificando o ministro Alexandre de Moraes como “ditador da toga” e acusando a Corte de instaurar “censura nas redes sociais”.
A mobilização demonstrou como a base bolsonarista segue solidária diante do cerco legal, transformando ausência política em estandarte de resistência. O investimento agora recai sobre a repetição do slogan: “2026 é Bolsonaro”, mesmo com a inelegibilidade declarada até 2030.