“Rage Against the Regime” mobiliza resistência popular inédita contra governo Trump
Atos do movimento 50501 atingem mais de 300 cidades dos EUA — milhares protestam contra propostas autoritárias de Trump e ameaças à democracia, com bandeiras de direitos civis e contra centros de detenção de imigrantes.

Milhares de manifestantes ocuparam ruas e praças em centenas de cidades dos Estados Unidos neste sábado (2 de agosto), durante o “Rage Against the Regime”, protesto nacional contra ações antidemocráticas do governo de Donald Trump — segundo a organização 50501, a mobilização revela uma das maiores movimentações populares de 2025.

Eduardo Muñoz, REUTERS
A convocação do movimento Rage Against the Regime mobiliza milhares nos EUA tem foco em denunciar políticas autoritárias do governo Trump: construção de campos de detenção para imigrantes (apelidados “Alligator Alcatraz”), cortes em serviços públicos (como educação e saúde), agressões a comunidades trans e raciais, além do suposto acobertamento de documentos no caso Jeffrey Epstein — todos enquadrados como violações dos direitos humanos.
Organizador nacional Hunter Dunn declarou que “o governo Trump exalta o neofascismo americano e isso nos deu motivos de sobra para nos revoltarmos”, chamando o presidente de responsável por construir “campos de concentração”.

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Evert Nelson/The Capital-Journal

Eduardo Muñoz, REUTERS

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A frase Rage Against the Regime mobiliza milhares nos EUA se repete como lema dessa revolta popular: trata-se de um escárnio à ideia de submissão ao autoritarismo imperial. A escolha do nome faz referência direta à banda Rage Against the Machine — símbolo da resistência cultural — evocando que, mesmo nos EUA, a juventude e os explorados encontram na luta coletiva uma alternativa contra governos predatórios.
A natureza descentralizada e inclusiva do protesto reforça que, mesmo sob cerco midiático e repressão, construir poder popular e solidariedade é possível — e necessário — para blindar instituições e garantir a democracia.

DOUG HOKE/O OKLAHOMAN

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Lily Smith/The Register

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Evert Nelson/The Capital-Journal

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Neste mesmo caminho, protestar contra Trump — que criticou a soberania brasileira ao articular sanções e comércio predatório — é também fazer ecoar a voz anticolonial que se ergue contra elites que preferem agradar fora a defender dentro.