Ministro Alexandre de Moraes impõe prazo de 15 dias para Bolsonaro e seis réus do 8 de janeiro apresentarem alegações finais no processo do STF

O Supremo Tribunal Federal impôs, nesta sexta-feira (2 de agosto), um novo prazo para o cerco se fechar sobre o núcleo golpista: STF dá 15 dias para alegações finais de Bolsonaro e outros seis réus apontados como mentores do 8 de janeiro. O ministro Alexandre de Moraes determinou que todos os envolvidos – incluindo o próprio Jair Bolsonaro – apresentem suas últimas manifestações por escrito, antes da sentença que pode selar um divisor de águas no combate à impunidade.

O prazo de duas semanas é o último ato antes do julgamento histórico. Além de Bolsonaro, a lista inclui ex-ministros militares e figuras estratégicas do bolsonarismo, todos acusados de arquitetar a tentativa de golpe para subverter o resultado das urnas e instaurar um regime autoritário no Brasil. A decisão acontece no momento em que a pressão internacional – alimentada por ameaças de Trump e investidas da extrema-direita – busca melar o processo democrático e pressionar o STF a recuar.

Segundo a ordem, a defesa dos réus tem 15 dias corridos para protocolar suas alegações finais no processo da Ação Penal 2688, que investiga a cúpula envolvida nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Após essa etapa, Alexandre de Moraes poderá proferir a sentença, que pode somar décadas de prisão, multas milionárias e cassação de direitos políticos.

O momento é crítico: nunca antes uma corte superior no Brasil esteve tão próxima de condenar um ex-presidente e um núcleo militar-político por tentativa de golpe desde a redemocratização. O país, que já foi vítima de ditaduras e sabotagens, agora assiste o STF assumir o papel histórico de guardião da democracia, enfrentando não só ataques internos, mas também o cerco do imperialismo.

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