Redação

Nesta sexta-feira, 1º de agosto de 2025, um grupo de 76 ex‑reitores e professores universitários protocolou um pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro à Hugo Motta, presidente da Câmara Federal. O documento exige a abertura imediata de processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e encaminhamento ao Ministério Público Federal.

Os acadêmicos denunciam que o parlamentar licenciado agiu por “intermédio de autoridades estrangeiras” para promover medidas hostis ao Brasil, como o tarifaço imposto por Donald Trump contra produtos brasileiros e a sanção pela aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Essas condutas, afirmam, podem configurar atentado à soberania nacional, tipificado no artigo 359‑I do Código Penal. 

O documento não poupa severidade. Diz que quem “faz guerra contra o Brasil” trai o país e subalterniza suas instituições — ferindo diretamente o Código de Ética e Decoro Parlamentar. Os signatários exigem urgência na análise. Como declarou Márcia Abrahão, ex‑reitora da UnB: “é um absurdo que um representante eleito para defender o povo atue contra o próprio país”. 

O pedido foi formalmente entregue pelas professoras Márcia Abrahão Moura e José Geraldo Sousa Júnior, ex‑reitores da Universidade de Brasília (UnB). Eles pediram que Hugo Motta abra o processo no Conselho de Ética e envie cópia ao MPF para investigação penal. 

O caso se desenrola em meio à escalada diplomática entre Brasil e Estados Unidos. As sanções contra o ministro do STF e o tarifaço anunciam um cenário de ataque às instituições brasileiras – e Eduardo Bolsonaro está no centro dessa ofensiva. O Parlamento agora decide se rejeita ou legitima essa conduta por omissão. D