STF encaminha extradição de Zambelli à AGU; parlamentar, condenada a dez anos por invasão ao CNJ, está presa na Itália desde 29 jul.

Nesta quinta‑feira, 31 de julho de 2025, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Advocacia‑Geral da União acompanhe e adote todas as providências necessárias para garantir o processo de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL‑SP), atualmente presa na Itália.

O despacho decorreu da confirmação oficial da prisão da parlamentar em Roma no dia 29 de julho, após ela fugir do Brasil com o objetivo de evitar cumprir os dez anos de prisão a que foi condenada pelo STF nos crimes de falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático qualificado.

Zambelli, que possui cidadania italiana, foi capturada no presídio feminino de Rebibbia, perto de Roma. O ministro Moraes já havia enviado à Secretaria Judiciária do STF os documentos necessários, os quais foram encaminhados ao Ministério da Justiça para formalização do pedido.

Em comunicado oficial, a AGU afirmou que prestará apoio ao processo junto às autoridades italianas, adotando “todas as providências cabíveis e necessárias” para possibilitar o retorno da deputada ao Brasil, onde responderá pelos crimes julgados no STF.

A extradição deve seguir os trâmites previstos no tratado bilateral entre Brasil e Itália, envolvendo análise judicial italiana, decisão do Ministério do Interior, e, se aprovada, organização logística para trazer a parlamentar para cumprir a pena sob custódia da Polícia Federal. O processo pode se estender por até 18 meses, segundo especialistas. A defesa de Zambelli alega perseguição política e pretende recorrer em liberdade ou propor cumprimento da pena em território italiano.

No despacho, Moraes também garantiu que a parlamentar não será submetida a pena anterior ao pedido de extradição, não sofrerá agravamento jurídico por motivações políticas e não será exposta a tortura ou tratamento degradante caso o retorno ao Brasil ocorra.

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