William Browder critica uso político da lei contra Alexandre de Moraes e defende ação judicial nos EUA

Em entrevista publicada na manhã de 1º de agosto de 2025, o investidor britânico William Browder — idealizador da Lei Magna­t­sky — rompe o silêncio e critica veementemente a aplicação da norma contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ele afirma que a medida representa uma distorção grave do propósito original da lei.

Browder lembra que a lei foi concebida em 2012 para sancionar violações massivas de direitos humanos e casos de corrupção sistêmica — especialmente o assassinato de Sergei Magnitsky na Rússia — e não para perseguir magistrados de democracias consolidadas, de modo independente e dentro da lei. Segundo ele, Moraes não torturou nem ‘roubou bilhões’, portanto não se enquadra como violador nem cleptocrata.

Ao lidar com o caso brasileiro, Browder considera que houve uso político e ideológico indevido da lei. Ele classifica a decisão como um “abuso” e espera que os tribunais americanos possam reverter a sanção, restaurando a credibilidade da norma.

Ele também defende que o governo brasileiro e Antônio de Moraes devem buscar acesso às cortes dos EUA para garantir exclusão do nome de Moraes da lista de sancionados. Browder cogita até uma emenda legislativa futura para impedir que a lei seja utilizada em argumentos políticos ou judiciais de alcance doméstico, reforçando seu caráter estritamente voltado a crimes graves.

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