Em reunião informal com a Corte, presidente reafirma que decisões do Judiciário estão fora de negociação e instrui AGU a agir contra ingerência americana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu um jantar institucional no Palácio da Alvorada, na noite de quinta-feira (31), com todos os ministros do STF, como gesto de solidariedade e alinhamento estratégico após as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes.

Participaram do encontro ministros como o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, além do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, também esteve presente.

Lula classificou a penalidade aplicada a Moraes como uma “afronta ao Estado brasileiro” e avisou com firmeza: decisões da Justiça nacional e temas internos não estão à venda. Segundo relatos, afirmou que o Brasil está aberto à negociação econômica, mas “não negocia sua soberania judicial”.

O presidente determinou que a AGU e o Itamaraty promovam providências jurídicas imediatas para contestar a sanção — instrução que já está em curso, segundo o advogado-geral Jorge Messias. Uma nova reunião técnica será convocada para apresentar formalmente estratégias de defesa.

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