Eduardo Bolsonaro pode ser preso ao pisar no Brasil
Deputado licenciado nos EUA enfrenta risco real de prisão ao retornar, por articulação internacional que pode configurar coação institucional

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) enfrenta ameaça concreta de prisão caso pise em solo brasileiro. De acordo com investigadores, há provas suficientes para indiciar o parlamentar por coação no curso do processo, em razão de sua articulação internacional contra autoridades nacionais, junto ao bolsonarista Paulo Figueiredo.
Após defender publicamente a tarifa de 50% imposta por Trump ao Brasil como “resposta legítima”, Eduardo intensificou ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal, à Polícia Federal e ao Judiciário. Essa estratégia, afirmam fontes do núcleo bolsonarista, busca tensionar o ambiente institucional — mas tem potencial de acelerar medidas judiciais brutais contra ele e seu pai.
Além da acusação de coação, Eduardo corre risco de perder o mandato parlamentar. Sua licença se encerrou em 20 de julho e, sem retorno imediato, pode ser declarado abandono de cargo por acumulado de faltas, conforme prevê o regimento interno da Câmara.
Jair Bolsonaro, por sua vez, manifestou que seu filho tem “consciência” de que será preso se retornar ao Brasil e questionou: “Querem que ele venha para cá para ser preso no aeroporto?”.
O paroxismo crítico reside na postura de Eduardo: radicado nos EUA desde março de 2025, ele conduz campanha para que sanções internacionais, inclusive contra o Judiciário brasileiro, agravem o clima de isolamento institucional — tudo enquanto evita cumprir seu mandato ou retornar. O quadro traduz um projeto político que desafia a soberania nacional em nome de uma agenda pessoal e geopolítica estrangeira.