Redação

Jair Bolsonaro evitou comentar as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Questionado por jornalistas ao deixar a sede do PL nesta quarta-feira (30 de julho de 2025), o ex-presidente limitou-se a afirmar: “Não tenho nada com isso.”.

Apesar do silêncio de Bolsonaro, seu nome aparece explicitamente no comunicado oficial do governo americano, que acusa o STF e o Judiciário brasileiro de promoverem uma “perseguição política” contra ele. A nota afirma que o tratamento dado a Bolsonaro contribuiu para o “colapso deliberado do Estado de Direito” no país. .

Nos bastidores, essa ofensiva diplomática tem sido articulada por seu filho Eduardo Bolsonaro. Desde os Estados Unidos, ele liderou pedidos de aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, buscando ainda uma anistia para livrar o pai das condenações por tentativa de golpe de Estado. Eduardo também comemorou publicamente as sanções, afirmando que ainda haveria mais medidas contra outros magistrados do STF.

A escalada tensiona ainda mais a crise diplomática entre Brasil e EUA. Além das sanções a Moraes, Trump já decretou tarifas de 50 % sobre produtos brasileiros, medidas vistas como retaliação política à dependência do bolsonarismo da influência estadunidense. A crise já ganhou contornos amplos e mobilizou vozes diplomáticas, movimentos sociais e o governo Lula, que defende a soberania brasileira e prepara respostas institucionais.