PIX avança, mesmo atacado por Trump, e ganha versão parcelada como marco da revolução digital brasileira
Governo de Lula veta pressão externa sobre o PIX, anuncia expansão com parcelamento e solidifica o sistema como ferramenta de inclusão e soberania financeira.

O sistema de pagamentos instantâneos PIX, alvo de críticas explícitas do ex-presidente Donald Trump, se mantém firme como símbolo da autonomia tecnológica brasileira. E vai além: o Banco Central planeja lançar o PIX parcelado a partir de setembro de 2025 — um passo estratégico para consolidá-lo como alternativa aos cartões de crédito e ampliar seu alcance à população que não possui acesso ao crédito tradicional.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que não aceitará “pressões ou tentativas de negociação internacional” sobre o PIX, reforçando que o sistema é inegociável diante da ofensiva americana. A Casa Civil e o Ministério da Economia interpretam o ataque de Trump como defesa de interesses do setor financeiro dos EUA — especialmente empresas de cartão de crédito que perderam espaço para a plataforma brasileira.
O novo formato permitirá parcelamento de compras por meio do PIX, inclusive para os 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito, reduzindo drasticamente os juros pagos por consumidores e aumentando o impacto competitivo sobre os cartões tradicionais. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, lidera as negociações do modelo que deverá entrar em operação a partir de setembro.,
Enquanto Trump acusa o Brasil de práticas “desleais”, Lula e Haddad reafirmam que o PIX não só democratiza o acesso ao crédito, mas representa um ativo estratégico de tecnologia nacional. Em entrevista recente, o ministro da Economia apontou que até 10 mil empresas poderão ser afetadas pelo impacto das tarifas americanas, e que o Brasil já prepara linhas de crédito emergenciais para minimizar prejuízos.
Analistas destacam que o parcelamento via PIX pode reduzir a dependência de cartões rotativos com juros exorbitantes — panorama que favorece a economia popular. A escalada tecnológica do método de pagamento também se apresenta como resposta política e econômica às tentativas externas de boicote — consolidando o sistema como expressão da soberania digital nacional.