Redação

O vereador Carlos Bolsonaro (PL‑RJ) causou indignação ao defender publicamente o “tarifaço” de 50% imposto pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros, apresentando a medida como uma vitória, não como ameaça.

Em postagem nas redes sociais no dia 26 de julho de 2025, ele saudou a sobretaxa como ato de justiça pelo que chama de “tratamento anti-Bolsonaro” no Brasil. A defesa é estranha e autoexplicativa: celebrar penalização econômica do próprio país como se fosse vitória política. A postura revela o nível de compulsão ideológica da extrema-direita para permanecer alinhada às ordens de Washington, mesmo que isso seja às custas do povo brasileiro.

Carlos tentou explicar a defesa dizendo que, segundo ele, o “tarifaço” seria uma resposta necessária e proporcional à postura do STF e do governo brasileiro – uma visão que reforça a narrativa de submissão ao imperialismo americano.

A reação interna é de desgosto até entre bolsonaristas tradicionais. Fontes identificam que muitos aliados enxergam a fala como retórica irresponsável, um tiro no pé da base bolsonarista, que já sofre com queda de credibilidade diante da crise econômica e diplomática.

A crítica geral é que o discurso de Carlos resgata um entreguismo masoquista: atacar o próprio país como sacrifício simbólico para agradar ao governo Trump. Enquanto a inflação já corrói o bolso dos brasileiros e setores como agronegócio, café, carne e suco enfrentam cancelamentos de contratos, o vereador ignora as consequências reais da tarifa de 50%.