“Se não pautarem a anistia, a coisa ficará ruim”: Eduardo Bolsonaro ameaça Motta e Alcolumbre com sanções dos EUA
Desde Washington, deputado foragido afirma que senadores da Câmara e do Senado podem ser sancionados se resistirem à anistia

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) declarou nesta sexta-feira (25 de julho de 2025) que os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos‑PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil‑AP), podem ser alvos de sanções dos Estados Unidos — caso não apoiem a votação da Lei da Anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A previsão inclui suspensão de vistos e aplicação da Lei Magnitsky, segundo o deputado, em entrevista ao programa Oeste com Elas, de onde participava diretamente de Washington.
“Se o Brasil não conseguir pautar a anistia e o impeachment do Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim.”
“Ele tem a possibilidade agora de não ser sancionado… se não der respaldo ao regime.”
Eduardo vinculou diretamente a aprovação da anistia à ameaça externa, afirmando que Motta e Alcolumbre devem ser responsabilizados por não apoiarem integralmente a agenda autoritária bolsonarista. Segundo ele, a pauta interna teria impacto geopolítico imediato, e qualquer resistência resultaria em represálias diretas por parte do governo Trump.
A postura de Eduardo Bolsonaro ultrapassa o autoritarismo simbólico e avança para chantagem internacional contra o Congresso. Transformar o parlamento brasileiro em moeda de troca — para impedir processos de responsabilização judicial — revela o uso grotesco da diplomacia como arma política. Em vez de representar o Estado, o deputado se coloca como emissário de interesses estrangeiros contra autoridades eleitas.