Trump veta negociações e impede esforço do Brasil para reverter “tarifaço”
Lula envia comitiva de senadores a Washington, mas Trump mantém silêncio e veta diálogo sobre tarifas — estratégia revela tensão geopolítica e interferência norte‑americana.

Fontes próximas ao governo Lula informam que o presidente Donald Trump não autorizou nenhuma negociação com o Brasil sobre as tarifas de 50% anunciadas para entrar em vigor em 1º de agosto de 2025.
Nesta sexta-feira (25 de julho de 2025), senadores brasileiros viajam a Washington com a missão de tentar abrir um canal de diálogo direto com autoridades americanas. Mas, segundo diplomatas brasileiros, tudo continua centralizado na Casa Branca e as tentativas de interlocução têm sido ignoradas.
Apesar do vice-presidente Geraldo Alckmin afirmar que houve conversa “frutífera” com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, o recado permanece inalterado: nenhuma margem para negociação, o comando é exclusivamente de Trump.
A tarifa de 50% representa uma ruptura diplomática grave. Os impactos já são sentidos na economia: no cinturão citrícola, produtores de suco de laranja estimam perdas imediatas; setores como agronegócio, siderurgia e químicos preveem queda no PIB e demissões em massa.
O presidente Lula da Silva repudiou o veto americano, afirmando que o Brasil realizou dez reuniões diplomáticas e enviou carta formal em 16 de maio de 2025, mas só recebeu uma resposta por meio de postagem na rede social de Trump (“Truth Social”). Lula classificou a falta de diálogo como chantagem inaceitável.
Trump veta a negociação com o Brasil e impõe tarifaço unilateral que se mascara como resposta a Bolsonaro, mas visa desacreditar o STF e punir o Brasil por sua autonomia. A comitiva brasileira encontra barreiras reais, enquanto a população e o setor produtivo sentem os reflexos do embargo. Resta ao país resistir com planejamento estratégico e diplomacia fortalecida.
O que esperar de um País americano que financia a guerra matando civis e crianças de fome? Brasil vai ter que procurar outros mercados.