Sanção de 50% é chantagem política contra o bloco emergente — Eduardo Bolsonaro e aliados são desculpas irrelevantes

Marcos do Val resolveu protagonizar a narrativa bolsonarista de forma desesperada. Ao se colocar como pivô da ofensiva de Trump contra o STF, ele tenta reviver sua relevância política enquanto exime Eduardo Bolsonaro — o deputado foragido — da centralidade do conflito. A estratégia: atribuir protagonismo às pressões externas, deixá-los como meros personagens secundários.

O senador Marcos do Val (Podemos‑ES) declarou, em live no dia 24 de julho de 2025, que foi o principal articulador das sanções do governo Trump contra ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes, e procurou minimizar o papel de Eduardo Bolsonaro nas “negociações” com o secretário de Estado, Marco Rubio.

Segundo Do Val, “não é o Eduardo que está provocando isso… ele está sendo um bom embaixador, está fazendo com que as pessoas não esqueçam; mas, para o azar do sistema corrupto que está no poder, o Marco Rubio já estava comigo investigando isso”.

Ele afirmou ainda que, desde 2023, Rubio já o alertava sobre possíveis medidas a serem adotadas em caso de retorno de Trump à presidência. O senador fez as declarações enquanto transmitia de Miami, onde estaria “em férias com a filha”, mesmo com passaporte civil bloqueado pelo STF. Do Val exibia seu passaporte diplomático e ironizava a decisão judicial, alegando estar sendo perseguido por Alexandre de Moraes.

A presença de Do Val nos Estados Unidos causou desconforto entre aliados bolsonaristas que coordenam tentativas de pressionar Washington via Lei Magnitsky. Eles enxergam a movimentação de Do Val como um possível elemento desestabilizador das negociações.

Porém sabemos que a tarifa de 50% imposta pelos EUA às exportações brasileiras não tem raiz no papel de Eduardo Bolsonaro ou de qualquer bolsonarista como protagonista. A verdade é transparente: essa é uma ofensiva deliberada contra o BRICS — grupo do qual o Brasil é protagonista emergente.

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