Parlamentar condiciona negociação à suspensão de punições por atos golpistas e intensifica tensão política.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) afirmou nesta quarta-feira (23) que não haverá diálogo com os Estados Unidos enquanto uma “anistia ampla, geral e irrestrita” não for concedida aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, incluindo seu pai, Jair Bolsonaro.

A declaração foi uma resposta direta ao ex-presidente Michel Temer, que conclamou ao diálogo diplomático após as sanções americanas. Eduardo rebateu que não é possível negociar com um “regime que prende velhinhas inocentes” — referindo-se à repressão ocorrida após as invasões ao Supremo, Congresso e Planalto.

Eduardo também classificou como “fadada ao fracasso” a comitiva de senadores que viaja aos EUA para negociar a revogação das tarifas de 50% impostas por Trump. Segundo ele, sem os perdões, qualquer tentativa de diálogo será inválida.

O episódio aprofunda a tensão entre a ala bolsonarista e o estado democrático de direito, gerando mais desgaste à imagem do Brasil no exterior e antecipando disputas acirradas para as eleições de 2026.

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