Moraes descarta prisão e define “irregularidade isolada” de Bolsonaro
Ministro do STF mantém tornozeleira e alerta: nova infração poderá levá-lo à prisão.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu nesta quinta-feira (24) que Jair Bolsonaro cometeu uma “irregularidade isolada” ao descumprir medida cautelar, mas descartou a prisão preventiva manuscrita. Moraes manteve a tornozeleira eletrônica e proibiu o uso de redes sociais — direta ou por “milícias digitais” — mas acendeu o alerta: novo deslize, e Bolsonaro será detido imediatamente.
Segundo o magistrado, não há indícios de reincidência e a defesa alegou falta de intenção deliberada. O episódio remonta ao dia 21 de julho, quando Bolsonaro concedeu entrevista e, logo depois, conteúdos foram compartilhados por terceiros — violando a proibição de divulgar declarações por terceiros.
Moraes ressaltou que o ex-presidente pode falar publicamente e conceder entrevistas, desde que não ultrapasse os horários e regras definidas na decisão. O alerta foi claro: replicar entrevistas ou discursos por redes de apoiadores, deputados ou “milícias digitais” será interpretado como burla — o que acarretará prisão automática.
Essa postura demonstra firmeza do STF para coibir tentativas de manipulação midiática e digital, e reforça que a justiça não está disposta a tolerar subterfúgios bolsonaristas. A determinação de tornozeleira e vigilância de conteúdo por terceiros mantém pressão sobre o ex-presidente, enquanto protege a integridade do processo investigativo.