STF marca depoimentos virtuais de coronéis e generais acusados de plano antidemocrático

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, marcou para segunda‑feira (28/7) os depoimentos virtuais dos dez acusados do chamado núcleo 3 da trama golpista — grupo apelidado de “kids pretos”, composto por coronéis, generais da reserva e até um agente da PF acusados de conspirar para manter Bolsonaro no poder após 2022. A denúncia da PGR alega que esses militares se articulavam para assassinar Moraes, Lula e Alckmin, com apoio técnico e logístico.

Segundo relato do Metrópoles, os depoimentos serão telepresenciais, conduzidos por um juiz auxiliar de Moraes, e seguirão ordem alfabética — começando por Bernardo Romão Correa Netto. Esse avanço judiciário evidencia que a crise institucional e trama golpista não está apenas no discurso: partes do aparato estatal teriam sido instrumentalizadas num plano antidemocrático real. As sessões não são encenação — são documento vivo do enfrentamento à tentativa de ruptura.

Esses interrogatórios fazem parte da Operação Contragolpe — investigação da PF que reunião provas robustas: interceptações, planejamentos via panetone com celulares e até uso de explosivos, envolvendo militares e um agente da PF com apoio de ex‑comandantes millitares. Nada foi fabricado: são documentos e ações concretas para desestabilizar a ordem democrática.

O caráter virtual das audiências não diminui seu peso. Pelo contrário: reforça que o Judiciário age com seriedade, cumprindo protocolos jurídicos e garantindo ampla defesa. A chamada “crise institucional e trama golpista” não é narrativa — é fardo da direita mais radical que agora colhe o que plantou.

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