Paul Krugman enaltece Pix como “futuro do dinheiro” e denuncia retrocesso nos EUA
Nobel destaca inovação brasileira e alerta que EUA, sob Trump, apostam em políticas que ameaçam o setor financeiro público

O economista americano Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2008, afirmou que o Pix representa uma inovação capaz de redefinir o futuro do dinheiro, destacando sua disseminação — alcançando cerca de 93% dos adultos brasileiros — como exemplo de inclusão financeira e eficiência frente aos modelos estrangeiros.
Em artigo recente, Krugman contrapôs o sucesso do sistema brasileiro à postura dos Estados Unidos sob Donald Trump. Ele criticou a aprovação do chamado Genius Act, marco regulatório para criptoativos, como porta aberta a possíveis fraudes e crises financeiras.
Além disso, o economista condenou a decisão do Congresso americano de proibir estudos sobre moedas digitais emitidas por bancos centrais, afirmando que tal medida indica medo de concorrer com modelos públicos, embora no Brasil já se note progresso nessa área.
Krugman defendeu que o Brasil oferece lições claras para o resto do mundo, ao combinar contas privadas com sistema público de pagamentos instantâneos. “Sim, nós poderíamos. E sabemos disso porque o Brasil já o fez”, escreveu, mencionando iniciativas de moeda digital como o Pix e projetos como o Drex.
Em tom crítico, o Nobel também denunciou a imposição de tarifas punitivas pelo governo Trump contra o Brasil como parte de um “programa de proteção a ditadores”, destacando o viés ideológico e protecionista das medidas econômicas recentes.