Após condenação e fuga, ex-deputada usa perfil alternativo para atacar Moraes e pedir retaliações contra a Corte

Foragida e procurada pela Interpol, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF). Na Europa, onde se encontra em exílio, ela gravou vídeo em perfil paralelo criticando o ministro Alexandre de Moraes e reivindicou sanções contra ministros da Corte.

Condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do CNJ, com cassação de mandato e mandado de prisão preventiva, Zambelli fugiu do Brasil no final de maio. Seguiu para os EUA e depois desembarcou na Itália, onde tem cidadania e figura na lista vermelha da Interpol.

Ela reapareceu em vídeo no perfil alternativo do Instagram, criado após suas contas oficiais terem sido bloqueadas por ordem de Moraes em 4 de junho. Com cerca de 4,8 mil seguidores, o canal serve para gravar ataques: chama o magistrado de “ditador”, culpa-o pelo “tarifaço” dos EUA e propõe sanções europeias aos ministros do STF.

No mesmo vídeo, ela parabeniza o presidente da Câmara, Hugo Motta, e elogia o PL pelo “apoio corajoso”. Afirmou ainda que confia no Congresso para evitar a perda de seu mandato na CCJ, cuja votação ocorre após o recesso de agosto.

Zambelli frisa que vive em “exílio político”, desafiando a Justiça brasileira e mantendo ativo o discurso contra o STF e o governo.

A militante bolsonarista tenta manter sua relevância internacionalmente e fomentar pressões externas sobre o Judiciário brasileiro. O episódio agrava a tensão institucional, com risco real de sanções diplomáticas e judicialização de retaliações — especialmente num momento em que o STF intensifica medidas contra antigos aliados do bolsonarismo.

A efetividade das ameaças e a resposta da comunidade internacional ainda são incertas. No Brasil, a Câmara avança no processo de cassação do mandato. No STF, Moraes monitora ameaças externas que visem fragilizar a Corte.

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