Lula acusa EUA de interferência inaceitável após revogarem vistos de ministros do STF
Presidente define sanção americana como ato arbitrário e reitera apoio total à independência da Justiça brasileira

No sábado, 19 de julho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com firmeza à decisão dos Estados Unidos de cancelar os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles Alexandre de Moraes. Classificando a medida como “arbitrária e completamente sem fundamento”, Lula ressaltou a importância da soberania nacional e da independência judicial ● essência do Estado democrático de Direito.
Em nota e post nas redes sociais, o presidente afirmou que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”. Ele ainda enfatizou que nenhuma ameaça externo será capaz de intimidar as instituições brasileiras.
O cerco diplomático — anunciado por Marco Rubio, sob a justificativa de que o STF estaria promovendo uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro — coincide com a fase da operação da Polícia Federal que impôs tornozeleira eletrônica e restrições a Jair Bolsonaro, sob suspeita de tentativa de golpe.
Para Lula, o posicionamento do governo Trump violenta princípios constitucionais, ameaça a autonomia das instituições e fere o equilíbrio entre poderes. Ele reuniu-se com ministros e aliados no Planalto para reforçar a mensagem de que o Brasil não permitirá intromissão externa no seu judiciário.
O episódio agrava ainda mais a tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, abalada pela ofensiva policial contra o entorno de Bolsonaro e pela escalada de retórica entre os dois países. Lula sinaliza mobilização política para fortalecer a unidade nacional — com o apoio de entidades jurídicas, da diplomacia latino-americana e de movimentos populares.
O STF, por sua vez, não comentou oficialmente, mantendo o foco no trâmite das medidas cautelares contra Bolsonaro. Já o governo brasileiro prepara