Ex-presidente é flagrado com grande quantidade de dinheiro vivo e enfrenta críticas por ocultar recursos em espécie

Durante a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 18 de julho de 2025, agentes encontraram um total de US$ 14 mil e R$ 8 mil na residência de Jair Bolsonaro. Parte dos dólares foi localizada no escritório e outra parte numa gaveta de cuecas no quarto do ex-presidente.

Recibos bancários mostram que o dinheiro foi sacado em espécie de forma fracionada de uma conta do Banco do Brasil — beneficiada por campanhas de Pix em 2023, quando Bolsonaro recebeu mais de R$ 17 milhões. Mesmo com recursos amplos em espécie, o ex-presidente declarou zero em dinheiro vivo ao pleitear candidatura, conforme auditores do TSE.

Questionado durante a operação, Bolsonaro minimizou: “Sempre guardei dólar em casa, pô”, afirmando ter os comprovantes dos saques. No entanto, ocultar dinheiro em locais vulneráveis como gavetas de roupa íntima reforça suspeitas de tentativa de desviar recursos fora do escrutínio público.

A apreensão ocorre em meio ao contexto legal oposto ao ex-presidente: o ministro Alexandre de Moraes determinou diversas medidas cautelares, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e proibição de contato com o deputado foragido Eduardo Bolsonaro. Nos autos da operação, há menção a postagens de Bolsonaro e Eduardo que tramitaram como evidência de crimes como coação de processo e obstrução à Justiça.

Esses fatos expõem o planejamento financeiro e flagrante falta de transparência do ex-presidente, aumentando a pressão sobre investigações em curso que apuram crimes contra a ordem democrática e tentativas de influenciar politicamente o Judiciário.

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