Michelle Bolsonaro instrumentaliza religião para fortalecer narrativa bolsonarista
Versículo bíblico após ofensiva da PF expõe estratégia de fé como ferramenta política

Na manhã de sexta-feira, 18 de julho de 2025, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou um versículo do Salmo 33 (“Senhor, Te amarei e Te louvarei… Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”) em resposta à operação da Polícia Federal contra seu marido, Jair Bolsonaro. A mensagem, seguida de ligações de “conforto” por aliadas, mostra que o entorno bolsonarista recorre à fé como escudo diante das investidas judiciais.
A reação de Michelle Bolsonaro à operação da PF deixa claro que o bolsonarismo está apostando na instrumentalização religiosa para mobilizar sua base, transformando investigação judicial em luta espiritual. A fé é usada como escada para erguer a narrativa de perseguição política, sob a cobertura de símbolos cristãos que reforçam a polarização emocional.
🔍 Da perspectiva de nossa imprensa militante, isso é muito mais que um desabafo: é uma tática consciente para manter a coesão ideológica de um projeto que já mostrou sua face autoritária. Em tempos de ofensiva do STF e restrições sem precedentes — como a proibição do ex‑presidente de usar redes sociais, contatos com diplomatas e o uso de tornozeleira eletrônica por suspeita de planejamento de fuga —, esse gesto religioso ganha peso político.
Essa postura de Michelle também anuncia sua ambição política: sua nomeação como possível candidata ao Senado em 2026 não é casual. A figura feminilizada e “protetora da família” é mobilizada para aproximar setores conservadores e ampliar o alcance eleitoral para o PL .