EUA consideraram oferecer asilo político e imunidade da Interpol a Bolsonaro, dizem aliados
Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro afirmam que diplomatas americanos avaliaram proteção legal em reunião nos EUA

Nesta sexta‑feira, 18 de julho de 2025, o jornalista Paulo Figueiredo e o deputado Eduardo Bolsonaro afirmaram, em live, que integrantes do Departamento de Estado dos EUA chegaram a discutir a possibilidade de oferecer asilo político a Jair Bolsonaro, além de proteção contra eventuais alertas da Interpol. A proposta teria sido apresentada por oito representantes diplomáticos e um membro da Casa Branca, durante reunião em Washington.
Segundo relato de Figueiredo, a oferta incluía um “acordo de liberdade” que permitiria a Bolsonaro e ao filho Eduardo residirem nos Estados Unidos como exilados, sem riscos legais internacionais. Eduardo Bolsonaro teria recusado a ideia, alegando que só aceitaria retorno seguro com anistia “ampla, geral e irrestrita” aprovada pelo Congresso brasileiro.
A informação surge no mesmo dia em que Jair Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes. As medidas cautelares incluem o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar, proibição de contato com diplomatas e investigados e retenção de passaporte, motivadas por risco de fuga e temor de interferência externa.
🔍 Interpretação e contexto
- A revelação de que diplomatas dos EUA avaliaram ativar um “escudo diplomático” para Bolsonaro eleva a crise brasileira a uma dimensão internacional, levantando debates sobre soberania e interferência externa.
- A recusa da proposta por Eduardo Bolsonaro indica confiança na mobilização política interna — buscando anistia no lugar de exílio.
- A coincidência entre essa conversa e a ofensiva judicial reforça a narrativa bolsonarista de cerco institucional, escalando o embate entre esfera jurídica e relações internacionais.