Medidas cautelares do STF ampliadas — tornozeleira, toque de recolher, banimento das redes sociais e vedação de comunicação com investigadores.

Nesta sexta-feira, 18 de julho de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve sua residência no Jardim Botânico (Brasília) e o escritório do PL revistados pela Polícia Federal, cumprindo mandados autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. No mesmo dia, foram impostas rigorosas medidas cautelares:

  • Tornozeleira eletrônica, monitoramento 24 horas por dia
  • Toque de recolher noturno, das 19h às 7h
  • Proibição de uso de redes sociais e contato com diplomatas ou investigados, em especial com o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA

As restrições são motivadas pelo inquérito PET n.º 14129, que apura um suposto golpe contra a res publica após as eleições de 2022. O ministro Moraes argumenta risco de fuga — potencialmente para se abrigar em embaixadas — e de influência externa, especialmente via Eduardo e conexão com políticos americanos, como Donald Trump

A conduta de Bolsonaro e do filho foi considerada pelo relator como “blatante confissão de conduta criminosa”, incluindo coação, obstrução à Justiça e ameaça à soberania nacional

Reações explosivas:

  • Bolsonaro qualificou as medidas como “suprema humilhação” e afirmou não ter planos de fuga, denunciando uma “caça às bruxas”
  • Eduardo intensificou campanha nos EUA, acusando Moraes de “dobrar a aposta”, segundo DCM
  • Flávio Bolsonaro chamou a proibição de contato entre pai e filho de “símbolo do ódio”

Tensão internacional:

  • Donald Trump classificou o processo como “injusto” e uma “caça às bruxas”, ameaçando impor uma tarifa de 50% às importações brasileiras caso as investigações não sejam suspensas
  • O STF, no entanto, afirmou internamente que tarifas ou pressões externas não terão impacto no andamento do processo, que deve continuar até o fim de 2025

E agora? As restrições permanecerão enquanto o julgamento não for concluído. A Procuradoria‑Geral da República já prepara pedido de prisão de Eduardo Bolsonaro, com base nos indícios de coordenação desde os EUA .


Essas medidas colocam o clã Bolsonaro em situação inédita: o pai monitorado, vitimizado e refém de suas próprias estratégias; o filho sob mira da PGR; e um ex-presidente sob tornozeleira eletrônica numa investigação que pode levá-lo a décadas de prisão. A crise esquenta e promete repercussões dentro e fora do Brasil.

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