Parlamentares ligados ao presidente da Câmara pressionam e indicam retaliações no Congresso

A decisão do presidente Lula de vetar o projeto que ampliava o número de deputados federais de 513 para 531 provocou tensão imediata entre Executivo e Legislativo. Aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizam que a vida do governo “no Congresso vai ficar muito difícil a partir de agora”.

Em uma reação rápida, Motta colocou em votação, sem acordo com o Planalto, uma proposta para redirecionar R$ 30 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal para refinanciamento de dívidas do agronegócio. A medida foi aprovada em plenário como um claro recado de que o Legislativo pode retaliar.

Nos bastidores, aliados de Motta afirmam que o veto presidencial gera risco a projetos considerados prioritários pelo governo, entre eles uma proposta que propõe acabar com a isenção de Imposto de Renda sobre LCAs e LCIs, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A manobra coloca em xeque o discurso do centro e cria incerteza para o Planalto em matérias econômicas sensíveis. O clima agora é de confronto aberto, com o governo se vendo emparedado por parlamentares que associam o veto a uma afronta institucional.

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