Após quatro décadas como residente legal, ele critica rigor migratório e afirma ter sido tratado como criminoso

Um cidadão canadense, residente nos Estados Unidos desde a infância, teve seu green card revogado ao tentar retornar ao país após uma viagem ao Canadá com parte da família. Ele conta que foi detido por cerca de três horas em um posto na fronteira de Maine, onde ouviu que seu status como residente permanente foi cancelado – consequência, segundo as autoridades, de condenações por porte de maconha em 2004 e direção com carteira suspensa em 2007. Apesar de considerar infrações leves, o canadense diversas vezes pediu desculpas e ficou surpreso ao ser informado de que “não poderia mais voltar para casa”, sendo “tratado como criminoso”.

Até então simpatizante do ex-presidente Trump, o homem relata que esses acontecimentos mudaram sua percepção sobre a retórica política adotada pelo governo americano. Ele afirma que se sentiu humilhado e abandonado, sem alternativa clara para recuperar o direito de residência e temendo nunca conseguir retomar sua vida ao lado dos filhos nos EUA.

O episódio exemplifica os efeitos colaterais das recentes políticas migratórias adotadas pelas autoridades americanas, que passaram a rever permanent resident cards com base em condenações menores, mesmo antigas. Essa postura criou uma onda de insegurança entre portadores de green card, entre eles famílias e profissionais que viajam com frequência, gerando receio e reviravoltas pessoais profundas.

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