“Fora de controle”: aliados afirmam que Eduardo Bolsonaro está obcecado por ser presidente
Deputado ignora conselhos internos e intensifica ataques contra Tarcísio como estratégia presidencial

Aliados próximos ao PL avaliam que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, de 41 anos, encontra-se “fora de controle” em sua ofensiva verbal contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A avaliação interna aponta que Eduardo está agindo de forma isolada e sem dialogar com lideranças do partido, em especial seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro,
A postura combativa teria origem em uma ambição clara: lançar candidatura à Presidência da República em 2026. A pressão sobre Tarcísio é vista como parte de uma estratégia de fortalecimento pessoal, visto que o governador é considerado um rival potencial dentro da base bolsonarista,
Fontes revelam que Eduardo “não vem ouvindo ninguém” do partido, continuando em ataques mesmo após alertas para adiar seu projeto presidencial. Entre os principais críticos estão membros da própria família, incluindo o senador Flávio Bolsonaro, que teria expressado desconforto com a escalada de ações externas conduzidas unilateralmente pelo deputado,
Na última terça-feira, Eduardo usou as redes sociais para acusar o governador de “subserviência servil às elites” e de estar “olhando para elites em vez da indústria nacional”, em resposta à discordância pública de Tarcísio em relação às tarifas anunciadas por Donald Trump,
Em reação, Tarcísio respondeu que sua prioridade está em São Paulo, mencionando as necessidades dos setores industrial, aeronáutico, de máquinas e equipamentos, bem como do agronegócio e dos trabalhadores paulistas,
A situação agrava tensões internas no PL, já fragilizado por divisões que colocam Eduardo à frente de uma facção conflituosa do partido. A dependência de decisões sem coordenação aumenta o risco de conflitos no ambiente político, especialmente com a aproximação do pleito presidencial. A obsessão declarada de Eduardo pelo cargo, segundo aliados, pode comprometer a unidade interna e o desempenho do PL nas próximas eleições.