Governo Lula aciona a OMC após tarifas de Trump, buscando retaliação e negociação internacional

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que acionou a OMC contra Trump, como resposta ao anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A frase‑chave aparece já na introdução e se repete ao longo do texto para reforçar o foco na disputa internacional.

A medida representa um movimento diplomático sistemático. Segundo o governo, houve articulação conjunta com outros países afetados pelos protecionismos norte‑americanos para recorrer à Organização Mundial do Comércio — enquanto, paralelamente, o Brasil monitora o uso da Lei da Reciprocidade Econômica para retaliar diretamente os Estados Unidos.

Em pronunciamento, Lula enfatizou que o recurso à OMC é o primeiro passo. Mas avisou que o Brasil não descarta aplicar medidas recíprocas: “se nos cobraram 50%, cobraremos 50%” — justificativa que reforça sua estratégia de defesa da soberania nacional . A decisão também inscreve o Brasil no âmbito de disputas multilaterais, na linha de que o país não aceitará imposições unilaterais.

A iniciativa foi acompanhada de reações de setores econômicos, que reforçam a importância de uma solução rápida para evitar impacto negativo em cadeias produtivas e pressões inflacionárias. O governo instalou um gabinete com empresários exportadores para avaliar cenários e explorar mercados alternativos se a disputa avançar .

O presidente Lula observa que, ainda que o uso da OMC possa demorar, a mobilização internacional fortalece a diplomacia brasileira e envia um “sinal de respeito” contrário a pressões externas. Agora, o país aguarda o andamento do processo na OMC, sob a expectativa de que, nessa fase, possa haver espaço para negociação antes do tarifão entrar em vigor em 1º de agosto.

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