Bolsonaro afirma que o BRICS “virou uma reuniãozinha de pequenos ditadores”, acusa Lula de mandar “puxar a orelha do Tarcísio”, pede passaporte para “conversar com Trump”, defende anistia ao 8 de janeiro e diz que não cogita pedir asilo.

Na entrevista de hoje à CNN Arena (15/07/2025), Bolsonaro levantou uma série de polêmicas: criticou o BRICS, fez acusações ao governo Lula, declarou intenção de conversar com Trump, cobrou a restituição do passaporte, rechaçou asilo no exterior, e pediu anistia para envolvidos no 8 de janeiro.


Falas polêmicas em negrito

  • “O Brasil se afastou dos valores americanos, está ao lado de ditaduras e de terroristas. O Brics agora virou uma reuniãozinha de pequenos ditadores. Tem criminosos de guerra do mundo todo.”
  • “O ministro das Relações Exteriores do Lula acabou de puxar a orelha do Tarcísio.”
  • “Quem tem que buscar negociação é o presidente Lula, não sou eu.”
  • “Me restitua [o passaporte] que eu converso. Quem é o presidente é o Lula, não sou eu.”
  • “Trump disse que estão fazendo uma ‘caça às bruxas’, e é verdade.”
  • “Se eu fosse presidente, a negociação estaria parecida com a da Argentina: lá, o Milei conseguiu taxa zero para 80% do exportado e, para os 20% restantes, algo em torno de 10%.”

Contexto das declarações

Bolsonaro comparou o BRICS a uma reunião de ditadores, sugerindo que o bloco se afastou de valores democráticos e abraçou regimes autoritários. Ele também acusou o Governo Lula de interferir politicamente ao mandar o chanceler repreender Tarcísio de Freitas por negociar tarifas dos EUA.

Questionado sobre as tarifas de Trump, Bolsonaro enfatizou que quem deveria negociar era Lula, não ele — lembrando sua própria experiência ao frear taxação em 2019. Ele ainda afirmou que Trump descreveu sua situação jurídica como “caça às bruxas” — e reforçou que a frase representa a verdade.

Ao comentar sobre seu passaporte, afirmou que, se recuperado, conversaria diretamente com Trump — ressaltando que quem negociar é Lula. Ele também evitou confirmação sobre pedido de asilo, deixando implícito que não busca status de refugiado.

Por fim, comparou possíveis negociações com a Argentina de Milei, que obteve tarifa zero para grande parte das exportações.


Conclusão

A entrevista reforça o estilo combativo de Bolsonaro: ataca alianças internacionais e o governo Lula, ecoa discurso de perseguição política via “caça às bruxas”, e reivindica retorno de seu passaporte com vistas a retomar o diálogo com Trump. Ele mantém seu foco no Brasil, sem cogitar asilo, e dá indícios de seguir agitando pautas judiciais e diplomáticas na corrida de 2026.

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