Redação

A Câmara dos Deputados recebeu uma proposta que permitiria ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro permanecer nos Estados Unidos e conservar seu mandato, mesmo ausente devido à licença parlamentar. No entanto, a iniciativa não avançou, sendo travada por divergências internas na Casa.

O prazo para que Eduardo Bolsonaro retorne ao Brasil e retome seu mandato termina no próximo domingo, 20 de julho. Caso ele não compareça, poderá ter o mandato cassado por acúmulo de faltas regimentalmente previstas.

Desde março, o parlamentar permanece nos EUA, argumentando estar exercendo funções diplomáticas e enfrentando perseguição judicial no Brasil. Ele manifestou disposição de abrir mão de seu mandato, caso necessário, alegando que o trabalho que realiza no exterior é mais importante do que suas atividades na Câmara.

O impasse na Câmara reflete articulações políticas para encontrar uma solução técnica ou legislativa que evitasse prejuízo ao parlamentar licenciado. Entretanto, deputados contrários à proposta temem abrir precedente para ausências prolongadas sem consequências.

Enquanto isso, o deputado articula em território norte-americano pressões contra autoridades brasileiras, reforçando sua tese de injustiça judicial. Caso Eduardo opte por não retornar até o fim do prazo e não haja reversão da posição da Câmara, ele estará sujeito à perda do mandato, sem condicionamentos políticos ou jurídicos adicionais.