Em entrevista, deputado licenciado diz estar se “sacrificando” ao abdicar do cargo e afirma que só retornará ao Brasil quando Alexandre de Moraes perder força

Em entrevista recente, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro afirmou que não retornará ao Brasil, abrindo mão formal de seu mandato e preferindo permanecer nos Estados Unidos por se considerar “mais útil à causa” do que como parlamentar. Ele chegou a usar a expressão “me sacrificando” para referir-se à escolha, alegando que seu retorno está condicionado à perda de força do ministro Alexandre de Moraes.

Fuga política disfarçada de sacrifício

O discurso busca criar aura de resistência pessoal — mas, na prática, essa decisão expõe uma artimanha política frágil, claramente pensada para driblar investigações. No entanto, analistas já apontam que tal estratégia não se sustenta juridicamente. Um editorial recente apontou que “a chantagem de Trump não vai funcionar” para proteger filhos ou aliados perante a justiça nacional. Ou seja: o caminho escolhido por Eduardo é mal calculado e dificilmente lhe dará o alívio prometido.

Medo judicial parece guiar abdicação

Ele justificou a saída afirmando que teme prisão ou restrições, caso retorne ao Brasil — responsabilizando diretamente o ministro Moraes por “ameaças” à sua liberdade. Aos olhos de especialistas, esse comportamento reforça a tese de que ele está tentando escapar da responsabilização, não apenas por precaução, mas por estratégia de distanciamento.

Perda de relevância política interna

A renúncia ao mandato em Brasília, longe de aumentar sua eficácia, pode representar o oposto: uma atitude que diminui sua relevância política no país e reduz sua influência em pautas contundentes. Enquanto isso, o cenário político segue firme no Brasil com mobilizações, investigações e debates jurídicos sobre sua conduta.


VEJA MAIS
Lindbergh pede prisão de Eduardo e inclusão de Jair e Flávio em inquérito
“Carrapatos”: Bolsonaro acusa imprensa de defender Lula por dinheiro público

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.