Procuradoria reforça denúncia contra ex-presidente e sete integrantes do governo por tentativa de golpe, obstrução institucional e crimes contra o Estado Democrático

Nesta segunda-feira, 14 de julho, a Procuradoria-Geral da República conclui a apresentação das alegações finais no processo que acusa Jair Bolsonaro e outros sete indivíduos — entre ex-ministros, militares e assessores — de integrar o núcleo central da tentativa de golpe de Estado em 2022. Essa etapa representa a última manifestação da acusação antes de o caso seguir para análise na Primeira Turma do STF.

Quem são os acusados

Entre os réus estão:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha

Eles respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.

Etapas seguintes

Após o fechamento da fase de alegações pela PGR, a defesa terá prazo para apresentar sua versão — o primeiro a se manifestar será o colaborador premiado Mauro Cid, seguido pelos demais réus, todos com até 15 dias para protocolar suas defesas. Em seguida, o caso seguirá para julgamento, previsivelmente marcado para o segundo semestre.

Por que isso importa

Ao consolidar o caso com as alegações finais, a PGR envia ao STF um relato claro e estruturado de toda a trama — reforçando a centralidade de Bolsonaro e demais réus na tentativa de subverter as regras democráticas. O momento coloca a Corte em posição de decidir não apenas o destino dos acusados, mas também o significado de uma resposta forte e institucional frente a ameaças autoritárias.


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