Aliados de Bolsonaro temem prejuízo político e econômico com tarifa dos EUA
Frente agropecuária e bolsonaristas reconhecem o embaraço do “tarifaço” de Trump — que pode sacudir eleições e agronegócio.

O alerta vem de dentro: aliados e base ruralista de Jair Bolsonaro estão apreensivos com o prejuízo político e econômico com tarifa dos EUA — a sobretaxa de 50 % sobre produtos brasileiros imposta pelo ex‑presidente Trump. A medida, motivada por vingança política, promete atingir carne, café, suco de laranja e outros setores essenciais.
Em primeiro lugar: constrangimento no agronegócio
A bancada ruralista e produtores admitiram o risco real: o tarifaço não é apenas um ataque externo — é um golpe que veio de um aliado, gerando desconfiança e tensão em seus redutos eleitorais em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná. O embaraço é político, econômico e ideológico.
Detalhamento técnico do impacto
A sobretaxa entra em vigor em 1º de agosto e atinge duramente o agronegócio. A Frente Parlamentar da Agropecuária pediu “resposta firme e estratégica” e reforçou a diplomacia — sem atacar diretamente Bolsonaro, mas sinalizando que os produtores estão sendo prejudicados pela postura política do clã.
Por outro lado: divisão interna na base bolsonarista
Um racha se formou entre radicais e moderados. Enquanto a ala radical segue as decisões de Trump e de Eduardo Bolsonaro, a direita moderada e centrão acusam falta de empatia, preocupando-se com o impacto nas eleições de 2026. Parlamentares alertam que valorizar uma vingança política pode arriscar a reeleição de seu próprio líder.
Acresce que: reação oficial e alternativa estratégica
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reagiu com contundência: a tarifa foi classificada de “indecente”. Ele e setores técnicos defendem a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, que permite retaliar com sanções comerciais proporcionais — abrindo espaço para negociação e diversificação de mercados.
Conclusão e apelo à ação
O momento exige cautela, técnicas diplomáticas e mobilização estratégica — não retórica de confronto. O prejuízo com tarifa dos EUA chega à porteira do campo e se espalha pelo país. A sobrevivência do agronegócio e as chances políticas da direita conservadora exigem um passo estratégico: priorizar os interesses econômicos do Brasil, antes que os danos virem lição histórica.