Com potencial ainda por explorar, BRICS pode enfrentar hegemonia militar e econômica dos EUA, dizem especialistas
Especialistas destacam que o BRICS pode se tornar uma alternativa sólida ao poder dos EUA, desde que fortaleça seu caráter popular, democrático e anti-imperialista.

Em primeiro lugar, o BRICS reúne 11 países do Sul Global com potencial de romper o domínio militar e econômico dos Estados Unidos. BRICS desafia hegemonia dos EUA quando especialistas afirmam que, embora seja incipiente, o bloco pode consolidar-se como um espaço estratégico de resistência popular e democrática. A necessidade de aprofundar seu caráter anti‑imperialista — unindo povos, movimentos sociais e projetos econômicos — é condição para enfrentar o poder americano.
BRICS desafia hegemonia dos EUA
Acresce que o bloco ganhou relevância global: jamais se pensou que pudesse ter importância central nas disputas geopolíticas atuais. Agora, representa, potencialmente, uma força coletivamente organizada contra o imperialismo. Para que isso se efetive, é imprescindível que o BRICS promova o protagonismo dos movimentos populares, como sugere a criação de um “Conselho Popular”, que envolve campesinato, sindicatos e organizações civis.
Por que o BRICS tem vocação de enfrentamento
- Crescimento estratégico conjunto: ao reforçar a articulação geopolítica e econômica, o bloco expande sua voz política global.
- Centralidade dos povos: especialistas destacam que “os povos não querem a guerra… um BRICS popular pode conter a escalada armamentista”. Esta ênfase no uso do dinheiro público para saúde, educação e desenvolvimento legitima-se politicamente e fortalece o bloco.
- Reações dos EUA: medidas de retaliação, como ameaças de tarifas adicionais, indicam que a expansão do BRICS incomoda e mobiliza contra‑ataques.
Desafios internos e tensões
Por outro lado, a heterogeneidade do grupo — democracias e autocracias com interesses diversos — compromete sua coesão estratégica. A ausência presencial de líderes como Xi Jinping e Putin evidencia dificuldades internas. Para avançar rumo a uma alternativa eficaz, o BRICS precisa de transparência institucional e maior alinhamento em direção a objetivos concretos.
Caminho para um BRICS mais profundo e democrático
Para ser efetivamente um projeto de emancipação, o bloco deve:
- Implantar mecanismos permanentes de participação popular e controle social;
- Promover políticas econômicas que beneficiem a industrialização e não apenas a exportação de commodities;
- Subsidiar estruturas de cooperação que sirvam ao bem-estar dos povos, não apenas aos interesses de elites nacionais.
Conclusão e apelo
Em suma, o BRICS tem sim potencial para enfrentar o modelo de poder hegemônico dos EUA — mas só se internalizar uma vocação popular, democrática e anti‑imperialista. É urgente consolidar o bloco como instrumento de soberania para os povos do Sul Global. Agora cabe à sociedade civil pressionar para que o BRICS deixe de ser um palco vazio e se torne um instrumento real de emancipação econômica e política.
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