Moraes prepara prisão de Eduardo Bolsonaro, indicam ministros do STF
Decisão do relator sinaliza prisão iminente: ministros citam obstrução, coação e interferência em processo sobre golpe no STF.

Moraes possui evidências concretas de que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro vem atuando para interferir no processo que investiga uma trama golpista — o que pode ensejar prisão. A única barreira apontada é a morosidade da Procuradoria-Geral da República em emitir parecer que permita a prisão preventiva.
Em primeiro lugar: os indícios citados
Moraes destacou que Eduardo vem “interferindo e embaraçando” o andamento do julgamento no STF. Essa conduta foi entendida por ministros como atestação clara de prática criminosa, consolidando a base para um mandado de prisão. A avaliação interna fundamenta-se justamente na potencialidade de Eduardo influenciar o trâmite judicial em curso.
Por outro lado: o entrave institucional
Embora a Corte esteja inclinada a agir, a execução da eventual ordem de prisão depende de manifestação formal da PGR. A demora da Procuradoria em apresentar posição tem sido considerada o único elemento que freia o avanço imediato da medida .
Acresce que: atuação política nos EUA
Residindo nos Estados Unidos desde março, Eduardo Bolsonaro vem sendo investigado por interações políticas com aliados estrangeiros. Essa atuação reforça, aos olhos do STF, a percepção de tentativa de influenciar no embate jurídico-institucional do Brasil — aspecto central na argumentação do ministro relator.
Pergunta retórica
Quando a atuação de um parlamentar no exterior, com impacto direto em processos internos do país, ativa os mecanismos judiciais da mais alta corte, isso é mera jurisdição ativa — ou indício claro de crise institucional?
Conclusão
O cenário descrito pelos ministros do STF demonstra forte probabilidade de instrução de prisão baseada no artigo que trata da tentativa de obstrução da Justiça. A marcha da PGR passa a ser um elemento determinante: se o órgão acelerar o parecer, Moraes poderá executar a prisão imediata. O episódio pode marcar um ponto de inflexão na relação entre Judiciário, Legislativo e atores ligados ao bolsonarismo — reforçando a noção de que a tolerância institucional tem limite.
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